sábado, 25 de fevereiro de 2012

amor impossivel

São lágrimas que solto por saber deste meu amor impossível. Lágrimas de alegria por saber que o amor é meu e que, apesar de impossível, estará sempre ao alcance do sonho e do desejo por cumprir… E o mar com o seu sorriso de prata é meu aliado, meu amigo, para harmonizar os meus momentos de fim de tarde em que me encontro na areia da praia deserta e desejo nadar até ti. É através das ondas sorridentes que o mar me acalma, e me deixa inerte ao pensamento fugaz da loucura do acto por realizar… Volto sempre! Sei que outro dia virá feito de ilusões e de argumentos, para que o mundo nos afaste, sei que o meu caminho é feito das peripécias loucas e dos trechos perdidos do meu recanto chamado realidade, e ainda assim penso em ti.
Tão longe que estás, e tão perto que te sinto, nessa magia do amor que construo como castelos de areia à beira-mar, num desafio, para que mandes uma onda maior e os destruas, chamando-me assim à minha dura realidade… E a teimosia provoca-me, faz-me voltar em cada final de tarde para construir de novo os castelinhos de areia húmida. Essa mesma teimosia que vai de mão dada com a esperança, que assim aproveita para imaginar a tua chegada por entre as alegres ondas e, num pensamento secreto, chega a imaginar que vens naquela onda maior. E se os castelos são de areia, os desejos são de vento, e o meu amor é bordado pelo sol que, ao longe, se despede e vai dormir. O mesmo sol que aquece esta relação inexequível. Dias passam e a fonte das minhas lágrimas nunca seca… A minha pele queimada do sal e do vento anunciou o meu desespero de uma vida solitária. Nem por uma única vez apareceste! E tanto que sonhei com esse momento. Estudei as palavras, e fiz frases para te oferecer… Fiz planos… uma casa nessa praia deserta ou numa das ilhas do Oceano Atlântico.
E tu, sereia do meu imaginário, nunca vieste…

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